A Polícia Federal (PF) acusa o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro de tentar “ludibriar” o governo dos Estados Unidos para proteger o ex-presidente Jair Bolsonaro das investigações sobre a tentativa de golpe de Estado. A acusação consta no relatório de indiciamento do ex-presidente, revelando uma suposta estratégia coordenada para influenciar autoridades estrangeiras. Uma mensagem interceptada pela PF sugere a preocupação de Eduardo com a possível reação da inteligência americana.
De acordo com o relatório, Eduardo Bolsonaro enviou uma mensagem ao pai alertando: “Torce para a inteligência americana não levar isso aqui ao conhecimento do Trump”. A PF interpreta essa mensagem como uma evidência da tentativa de “ludibriar o governo dos Estados Unidos para atingir seus objetivos criminosos”, conforme consta no documento. A investigação aponta para uma “unidade de desígnios” entre pai e filho na coordenação de narrativas para pressionar autoridades e ministros do STF.
A estratégia, segundo a PF, visava garantir a impunidade de Jair Bolsonaro no processo que investiga a tentativa de golpe e a abolição do Estado Democrático de Direito. Os investigadores afirmam que os Bolsonaro agiram “com consciência e vontade no intuito de convencer autoridades governamentais estrangeiras, induzindo-as em erro, para aplicar sanções contra o Estado Brasileiro e autoridades nacionais constituídas, de forma a satisfazer interesses pessoais ilícitos”.
Em meio às investigações, áudios do pastor Silas Malafaia criticando Eduardo Bolsonaro vazaram. Em resposta, o deputado minimizou as críticas e declarou apoio ao pastor. “Eles estão desesperados. O pastor Silas Malafaia tem todo o meu apoio. Tamo junto”, afirmou Eduardo, demonstrando resiliência em meio à turbulência política.