O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), manifestou preocupação com a PEC das Prerrogativas, popularmente conhecida como PEC da Blindagem, após sua aprovação na Câmara dos Deputados. Embora reconheça a existência de exageros no texto, Nunes sugere que o debate deve ir além do conteúdo da proposta, focando nas razões que levaram os parlamentares a apoiá-la.
“Por que 353 parlamentares votaram essa PEC? O que motivou? Alguém ou algo?”, questionou Nunes em entrevista à Jovem Pan, levantando dúvidas sobre os interesses por trás da aprovação. A PEC, que agora segue para o Senado, visa ampliar a proteção judicial de deputados e senadores, gerando críticas e debates acalorados.
A proposta estabelece a necessidade de autorização prévia das Casas Legislativas, em votação secreta, para que o Supremo Tribunal Federal (STF) possa abrir ações penais contra parlamentares. Adicionalmente, fixa prazos para a análise de pedidos de abertura de processos criminais e manifestação sobre prisões em flagrante, além de exigir aprovação do Congresso para medidas cautelares.
Essas medidas têm gerado controvérsia, com críticos argumentando que a PEC dificulta o combate à corrupção e pode aumentar a impunidade, especialmente em um momento em que o STF investiga supostos desvios em emendas parlamentares. A tramitação da PEC no Senado será crucial para determinar seu futuro.
Em outro ponto da entrevista, Ricardo Nunes negou a possibilidade de concorrer ao governo paulista em 2026, caso Tarcísio de Freitas (Republicanos) dispute a Presidência da República. “Ontem conversei com Tarcísio. Ele é candidato à reeleição, não será candidato à Presidência e eu vou ser o melhor cabo eleitoral dele”, declarou Nunes, reafirmando seu apoio ao atual governador.
