Em meio à crescente controvérsia em torno da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Blindagem, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), adotou um tom pragmático. Ele afirmou que a discussão sobre a PEC foi, em sua avaliação, alvo de distorções, buscando desinflar a pressão sobre o projeto.
“Houve uma distorção da discussão”, declarou Motta, em referência às críticas e debates acalorados que a PEC tem gerado. O presidente da Câmara pareceu transferir a responsabilidade final sobre o destino da proposta para o Senado Federal, demonstrando confiança na análise dos senadores.
Caso o Senado entenda que a PEC não atende aos interesses da sociedade ou que sua aprovação traria mais prejuízos do que benefícios, Motta sinalizou que a Câmara não se oporá ao seu arquivamento. “Se o Senado achar que a PEC da Blindagem não é interessante, que arquive”, afirmou o deputado, demonstrando uma postura de respeito à autonomia do Senado.
A declaração de Motta sugere uma estratégia de descompressão, buscando evitar um desgaste maior para a imagem da Câmara e, possivelmente, abrindo espaço para negociações futuras em torno de outros temas prioritários para o Legislativo. A expectativa agora se volta para a análise da PEC no Senado e os desdobramentos que essa decisão poderá gerar no cenário político nacional.
