Em meio a especulações sobre as eleições de 2026, o influenciador bolsonarista Paulo Figueiredo, radicado nos Estados Unidos, declarou que Eduardo Bolsonaro (PL-SP) não enfrentaria obstáculos para encontrar um partido caso o PL o impeça de concorrer à presidência. Figueiredo, considerado um aliado próximo do filho 03 de Jair Bolsonaro, atua nos bastidores para manter a influência política da família.
Embora partidos de centro-direita estejam buscando uma candidatura única, com Tarcísio de Freitas (Republicanos) como possível nome, Eduardo Bolsonaro insiste em disputar a Presidência caso seu pai permaneça inelegível. Atualmente nos EUA, o deputado busca apoio junto ao governo de Donald Trump para sua empreitada.
Contrariando avaliações de lideranças do PL e partidos aliados, que duvidam da viabilidade de Eduardo em outras siglas, Figueiredo argumenta que o cenário é favorável ao deputado. “O Brasil tem 30 partidos, é quase infantil achar que nenhum gostaria de ganhar 25 ou 30 deputados, e talvez alguns senadores. Claro que ele está sendo assediado”, afirmou em entrevista ao Portal Metrópoles.
Figueiredo traça um paralelo com a eleição de Jair Bolsonaro em 2018, quando o então deputado impulsionou o PSL ao sucesso: “Partido tem muita importância em Brasília, mas nenhuma nas urnas. Eduardo poderia ser candidato por qualquer partido, menos PT, PSOL e afins”. A vitória de Bolsonaro elevou o PSL de 8 para 52 deputados.
A estratégia da direita, segundo Figueiredo, está atrelada ao avanço do projeto de anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro. Para o influenciador, a ausência de anistia total comprometeria a legitimidade do processo eleitoral: “As pessoas estão acostumadas ao bolsonarismo que fazia acordos ruins. Pela primeira vez há quem esteja disposto a lutar pelo que acredita. Sem anistia, a eleição se torna irrelevante”.