Paraná se consolida como referência mundial em doação de órgãos

O Paraná tem motivos de sobra para comemorar. O Estado reforça sua posição de destaque internacional na área de transplantes e já figura entre os maiores índices de doação de órgãos do mundo. Se fosse considerado um país, ocuparia o 3º lugar no ranking global, atrás apenas da Espanha e dos Estados Unidos.

Segundo o Registro Brasileiro de Transplantes (RBT), da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), o Paraná registrou 42,3 doadores por milhão de habitantes em 2024, mais que o dobro da média nacional de 18,6. A Espanha lidera com 49,3 doadores por milhão, seguida pelos Estados Unidos, com 48,04.

Em 2025, até junho, o Estado manteve desempenho de excelência: 37,9 doadores por milhão de habitantes, ficando atrás apenas de Santa Catarina (42,4), mas ainda assim superando amplamente a média brasileira de 19,5.

De janeiro a agosto deste ano, a Central de Transplantes do Paraná contabilizou 315 doações efetivas e 452 transplantes de órgãos, entre eles 262 de rim, 162 de fígado e 20 de coração, além de procedimentos conjugados.

“O processo de doação acontece em um momento de dor para a família, mas temos conseguido oferecer acolhimento e mostrar a importância desse gesto para salvar vidas”, destacou o secretário estadual da Saúde, Beto Preto. “Os resultados são fruto da solidariedade do povo paranaense e de uma logística moderna e eficiente”, acrescentou.

Estrutura de ponta e logística ágil

O Paraná não salva vidas apenas dentro de suas fronteiras. Em 2024, foi o Estado que mais enviou órgãos para outras regiões do país: 150 doações foram destinadas a pacientes de fora, superando Santa Catarina (141), Rondônia (116) e Goiás (106).

Esse desempenho só é possível graças a uma das estruturas mais completas do Brasil. O Sistema Estadual de Transplantes (SET/PR), coordenado pela Central Estadual de Transplantes (CET), em Curitiba, reúne quatro Organizações de Procura de Órgãos (OPOs), 70 hospitais notificantes, 34 equipes transplantadoras de órgãos e 72 de tecidos, além de cinco laboratórios de histocompatibilidade, três de sorologia e três bancos de tecidos. Cerca de 700 profissionais especializados integram a rede.

Outro diferencial é a logística. Em 2024, o Estado renovou sua frota terrestre com 18 veículos novos, fruto de investimento de R$ 1,9 milhão. Além disso, dispõe de um helicóptero e cinco aviões do Governo do Estado disponíveis 24 horas por dia, garantindo rapidez no transporte de órgãos e equipes médicas.

Desde 2019, foram realizadas 708 missões aéreas, totalizando mais de 2 mil horas de voo. Só em 2025, até julho, já foram 81 missões, com 248 horas de deslocamento.

“Essa estrutura garante que todo o processo, da captação ao transplante, aconteça com a agilidade necessária para salvar vidas diariamente”, reforçou o secretário Beto Preto.

fonte: obemdito