Oposição Venezuelana Aprofunda Crise ao Apoiar Presença Militar dos EUA no Caribe

Em um desenvolvimento que agrava as tensões políticas na Venezuela, a oposição, liderada por Edmundo González Urrutia e María Corina Machado, declarou apoio à presença militar dos Estados Unidos no Mar do Caribe. A medida drástica visa intensificar a pressão sobre o governo de Nicolás Maduro, em um momento de crescente instabilidade interna e isolamento internacional. A decisão reacende o debate sobre a soberania venezuelana e o papel de atores externos na resolução da crise.

Os líderes da oposição justificam o apoio à presença naval dos EUA como um esforço para restaurar a democracia e combater o narcotráfico. Em comunicado oficial, afirmaram que o destacamento militar é “urgente para a restauração da democracia”, ecoando as alegações de Washington sobre a necessidade de combater o crime organizado na região. A oposição acusa o governo Maduro de ter ligações com o “Cartel de los Soles”, organização criminosa supostamente composta por altos funcionários do governo envolvidos no tráfico de drogas.

A declaração da oposição ocorre em meio a uma crescente pressão diplomática e política sobre o governo de Nicolás Maduro, que enfrenta sanções internacionais e acusações de abusos de direitos humanos. Em resposta, Maduro tem fortalecido as forças armadas e mobilizado milícias civis, denunciando a presença militar dos EUA como uma ameaça à soberania nacional. O governo venezuelano classificou a ação como uma “agressão” e uma “ameaça”, aumentando o temor de um conflito regional.

A crise venezuelana se aprofunda com a escalada retórica e a polarização política. Enquanto a oposição busca apoio externo para pressionar o governo, Maduro se apega ao poder, denunciando a interferência estrangeira. A presença militar dos EUA no Caribe adiciona um novo elemento de instabilidade à região, aumentando o risco de confrontos e aprofundando a crise humanitária que assola o país. A polarização interna e a interferência externa mantêm a Venezuela em uma espiral de incertezas.

*Com informações de Eliseu Caetano