A Polícia Civil da Bahia deflagrou a Operação Primus, com o objetivo de desarticular um esquema de lavagem de dinheiro que utilizava postos de combustíveis para ocultar patrimônio de uma organização criminosa. A ação cumpriu mandados judiciais em três estados: Bahia, São Paulo e Rio de Janeiro. As autoridades solicitaram o bloqueio de até R$ 6,5 bilhões em bens ligados aos investigados.
Segundo a Polícia Civil, a investigação identificou cerca de 200 postos de combustíveis vinculados ao grupo criminoso. A quadrilha é acusada de adulterar e comercializar combustíveis de forma irregular na Bahia, além de manter conexões com uma organização criminosa originária de São Paulo. “Foram identificados 200 postos de combustíveis vinculados ao grupo investigado, responsável por estruturar e expandir uma complexa rede empresarial destinada à adulteração e comercialização irregular de combustíveis em território baiano”, informou a Polícia Civil em nota.
O Departamento de Repressão e Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (Draco-LD) liderou a operação, apurando indícios de que o grupo utilizava o setor de combustíveis para a lavagem de dinheiro e a manutenção de laços com a organização paulista. Mais de 170 policiais civis de diversos departamentos da Bahia participaram da ofensiva.
A operação também contou com o apoio da Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia (Sefaz-BA) e da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), demonstrando o esforço conjunto para combater crimes financeiros e irregularidades no setor de combustíveis. A colaboração entre diferentes órgãos é vista como essencial para o sucesso da operação e a responsabilização dos envolvidos.