Uma nova onda de vandalismo e furtos de peças de bronze voltou a atingir o Cemitério Jardim da Saudade, em Londrina. Segundo informações da Acesf (Administração dos Cemitérios e Serviços Funerários de Londrina), cerca de 70 túmulos foram violados, com placas, portas de jazigos e outros objetos arrancados e furtados.
A cena de destruição tem revoltado familiares que visitam o local. A Acesf informou que registrou boletim de ocorrência e orienta que as famílias afetadas também procurem a polícia, para auxiliar nas investigações e ajudar na identificação dos responsáveis.
O superintendente da Acesf, Péricles Deliberador, demonstrou preocupação com a reincidência dos crimes. “Temos conhecimento desses atos violentos contra os jazigos das famílias. Fizemos os boletins necessários e pedimos que as famílias também façam o seu, para que possamos chegar o mais rápido possível aos autores”, afirmou.
Deliberador destacou ainda que, em muitos casos, os furtos são cometidos por pessoas em situação de rua, mas que o problema se agrava pela atuação de receptadores do material roubado. “Essas pessoas furtam porque têm onde vender o produto. O país peca por não punir os receptadores como deveria”, disse, reforçando a necessidade de coibir o comércio ilegal de bronze.
Atualmente, o Cemitério São Pedro já conta com câmeras de segurança integradas à Guarda Municipal, o que ajudou a reduzir os casos de vandalismo naquela unidade. No entanto, o Jardim da Saudade ainda não possui o sistema de monitoramento. “A Guarda Municipal já faz as rondas, mas temos mais de 500 bens públicos para cuidar. […] A ideia é expandir esse sistema para os outros cemitérios”, explicou o superintendente.
Como medida preventiva, a Acesf orienta que as famílias não reparem ou substituam as peças de bronze furtadas até que novas ações de segurança sejam adotadas. A expectativa é que o reforço na vigilância ajude a conter os atos de depredação e traga mais tranquilidade aos visitantes.



