Nova York Lembra o 11 de Setembro em um Clima de Tensão Após Assassinato de Ativista

Nova York se une em memória das vítimas dos ataques de 11 de setembro de 2001, marcando 24 anos desde os eventos que transformaram os Estados Unidos. As cerimônias comemorativas concentram-se no Ground Zero, local onde as Torres Gêmeas do World Trade Center foram destruídas, um doloroso lembrete dos quase 3.000 mortos. O luto se estende também ao Pentágono, em Washington, e à zona rural da Pensilvânia, onde o voo 93 caiu após a bravura dos passageiros em confrontar os sequestradores.

Contudo, este ano, as homenagens ocorrem em um contexto político particularmente tenso. O assassinato de Charlie Kirk, influente ativista próximo ao ex-presidente Donald Trump, lançou uma sombra sobre as cerimônias. Trump optou por participar de um jogo de beisebol no Yankee Stadium, enquanto o vice-presidente JD Vance cancelou sua participação nos eventos em Nova York para prestar condolências à família de Kirk em Utah.

A cidade de Nova York também está imersa em uma acirrada disputa eleitoral para a prefeitura. O candidato democrata socialista Zohran Mamdani enfrenta o ex-governador Andrew Cuomo e o atual prefeito Eric Adams. Adams participou da cerimônia de quinta-feira ao lado do ex-prefeito Rudy Giuliani, que liderou a cidade durante os ataques.

Mamdani, alvo de ataques por parte de Trump, que o chamou de “lunático comunista”, refletiu sobre o legado do 11 de setembro. “Foi este dia horrível que também marcou para muitos nova-iorquinos o momento em que foram vistos como ‘o outro'”, declarou ao The New York Times, aludindo ao aumento da islamofobia após os ataques.

Em um gesto solene, toda a cidade de Nova York observou um minuto de silêncio às 8h46, horário exato em que o voo 11 atingiu a Torre Norte do World Trade Center. Sinos por toda a cidade tocaram em memória do impacto, enquanto os nomes das vítimas eram lidos no Ground Zero. A lembrança permanece viva, honrando aqueles que perderam suas vidas naquele trágico dia.