Uma médica obstetra foi condenada em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba, por violência obstétrica contra uma gestante em fevereiro de 2022. Durante o parto, a profissional teria culpado a paciente pela demora do bebê nascer, afirmando que ela “não fazia força direito”.
De acordo com a denúncia do Ministério Público do Paraná (MPPR), a vítima foi deixada sozinha em um quarto escuro por várias horas e teve o pedido de analgesia negado. Em seu depoimento, a médica ainda declarou que não fornecia o procedimento “nem mesmo para pacientes de convênio e, muito menos, do Sistema Único de Saúde”.
Esse é um dos primeiros casos de violência obstétrica — agressões físicas ou psicológicas contra gestantes durante o trabalho de parto — reconhecidos e condenados pela Justiça no Paraná.
A sentença fixou pena de sete meses de detenção, além do pagamento de R$ 5 mil em indenização à vítima. A médica, no entanto, poderá substituir a pena por medidas alternativas, como prestação de serviços comunitários ou pagamento de um salário-mínimo. A defesa ainda pode recorrer da decisão.
fonte: ric