Condenado por estupro, o ex-jogador Robinho encontrou uma nova função na penitenciária de Tremembé, em São Paulo: técnico de futebol. A rotina do detento foi detalhada no livro “Tremembé: O presídio dos famosos”, do jornalista Ulisses Campbell, revelando um cenário peculiar dentro da prisão.
Segundo Campbell, em entrevista ao podcast “Inteligência LTDA”, Robinho comanda o “Tremembé Esporte Clube”, onde a divisão dos times para os jogos internos foge do comum. Em vez das tradicionais separações por “casados x solteiros” ou cores de uniforme, o critério adotado é o tipo de crime pelo qual os detentos foram condenados: “Assassinos x Estupradores”.
“Lá, eles têm o Tremembé Esporte Clube, que eles chegam ao absurdo de ter times assim: assassinos contra estupradores. É sério. Agora, um desses times, é treinado pelo Robinho”, relatou Campbell, evidenciando a singularidade da situação.
A presença de Robinho no presídio também trouxe mudanças para os demais detentos, com aumento na segurança e acesso facilitado a áreas comuns. “Pensa no privilégio de vocês estarem numa cadeia, gostam de futebol e ainda são treinados por um craque como o Robinho”, comentou Campbell, ressaltando o impacto da chegada do ex-jogador.
A fama do atleta impulsionou o número de visitas ao presídio em 30%, com pessoas buscando conhecer Robinho, tirar fotos e pedir autógrafos. Apesar da atenção, o ex-jogador participa das atividades diárias junto aos demais detentos. Robinho cumpre pena desde março de 2024, após ser condenado na Itália a nove anos de prisão por estupro, em 2013. A justiça brasileira homologou a pena, e o STJ analisa um recurso da defesa que busca reduzir a condenação.