O Ministério Público de São Paulo (MPSP) abriu uma investigação para apurar as circunstâncias em que uma criança sofreu uma fratura na tíbia durante uma briga com outro aluno em uma creche municipal de Peruíbe. O incidente, ocorrido no dia 28 de agosto na EMEI Jardim Veneza, levanta questionamentos sobre a segurança e o cuidado com os menores nas instituições de ensino da cidade.
Segundo o MPSP, a criança foi prontamente atendida na UPA 24h de Peruíbe e, posteriormente, encaminhada para acompanhamento especializado. A promotoria anexou documentos médicos ao inquérito que comprovam a lesão, buscando entender a dinâmica da ocorrência e as responsabilidades envolvidas.
A Prefeitura de Peruíbe informou, por meio de nota, que está acompanhando o caso em conjunto com as Secretarias de Educação e Saúde. A administração municipal instaurou uma apuração interna, solicitou imagens e registros da unidade escolar, e entrou em contato com a família da criança, que optou pela transferência do aluno para outra instituição.
Em relação ao atendimento médico, a prefeitura esclareceu que a UPA local não possui obrigatoriedade de manter um ortopedista de plantão, embora conte com esse profissional na maior parte do tempo. A administração também informou que, no dia do incidente, a mãe preferiu levar a criança para atendimento por conta própria. Posteriormente, no dia 30, o estudante retornou à UPA já com o membro imobilizado, sendo avaliado por pediatras e ortopedistas, e segue em acompanhamento médico regular.
O Conselho Tutelar também foi acionado e está tomando as medidas cabíveis, mantendo o sigilo necessário em casos que envolvem menores de idade. A promotoria requisitou informações detalhadas da EMEI Jardim Veneza sobre o atendimento prestado, a identificação dos servidores envolvidos e os protocolos de emergência adotados. “O MPSP busca esclarecer se houve violação dos direitos da criança, especialmente quanto à integridade física e ao dever de cuidado da instituição”, informou o órgão.
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que a mãe da criança procurou a Delegacia de Peruíbe no dia do ocorrido, relatando um desentendimento entre os alunos, mas sem mencionar agressão. A equipe policial orientou o registro de uma reclamação junto à Secretaria de Educação e ao Conselho Tutelar. Até o momento, não há registro oficial do caso nos sistemas online da polícia.
