Um motorista de caminhão foi flagrado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) utilizando uma corda no lugar do cinto de segurança, durante uma fiscalização realizada na manhã desta última quarta-feira (15), na BR-163, em Toledo (PR).
A equipe da PRF abordou o veículo, um modelo de 1976 carregado com toras de madeira, durante uma operação voltada à segurança viária. Ao abrir a porta da cabine, os agentes constataram a primeira irregularidade: o condutor havia improvisado o cinto com uma corda amarrada ao banco.
Além disso, o caminhão apresentava outras infrações graves. Segundo a PRF, a carga estava mal acondicionada, com toras posicionadas nas partes externas e sem a grade de contenção, o que representa risco de queda durante o transporte.
Os policiais também verificaram que o motorista não possuía habilitação para dirigir caminhão, apenas para automóveis, e que o chassi havia sido alongado, configurando alteração de característica do veículo. Outros problemas incluíam dois pneus carecas e licenciamento vencido desde 2021.
Diante das irregularidades, o caminhão foi removido ao pátio e, conforme a PRF, só será liberado após a regularização de todas as pendências.
Somente em 2025, a PRF já registrou quase 12 mil infrações por falta de uso do cinto de segurança nas rodovias federais do Paraná — sendo 7.553 cometidas por condutores e 4.319 por passageiros.
De acordo com o órgão, a ausência do cinto aumenta significativamente o risco de ferimentos graves e mortes em caso de acidentes, já que o corpo é lançado para frente ou para fora do veículo durante uma colisão.
No estado, 72 ocupantes de caminhões morreram em acidentes nas rodovias federais neste ano — 60 motoristas e 12 passageiros. A maioria das mortes ocorreu em colisões frontais, tombamentos e saídas de pista, situações geralmente associadas a alta energia de impacto.
A PRF reforça o alerta: excesso de velocidade, ultrapassagens perigosas e perda de controle do veículo estão entre as principais causas desses acidentes, e a falta do cinto de segurança multiplica as chances de fatalidade.
fonte: obemdito