Um morador de 43 anos relatou momentos de pânico após a residência onde vive ser alvo de uma ação da Polícia Militar (PM) na manhã desta segunda-feira (15), no bairro Tatuquara, em Curitiba. Segundo o denunciante, a abordagem ocorreu por volta das 10h e teria sido realizada sem a apresentação de mandado judicial ou explicações prévias.
De acordo com o relato à Banda B, o homem, que afirma ter diagnóstico de esquizofrenia, conta que os policiais entraram no imóvel de forma repentina e agressiva. Ele alega que tanto ele quanto a esposa, em recuperação pós-parto, foram agredidos durante a ação. Na residência havia um bebê de apenas sete dias de vida.
“Eu estava tomando café da manhã com a minha esposa quando ouvi um barulho muito forte na parede. Ao verificar as câmeras, vi uma viatura em frente à porteira. Quando coloquei a cabeça na porta, o policial já estava armado, mandando eu me abaixar e dizendo que eu estava preso”, relatou.
Ainda segundo o morador, ele tentou questionar o motivo da abordagem, mas não recebeu esclarecimentos. Durante a ação, equipamentos do sistema de monitoramento da chácara teriam sido danificados e levados pelos policiais.
“Não explicaram nada, me agrediram, agrediram minha esposa, quebraram meu celular, o DVR e as câmeras. Levaram tudo, mesmo eu morando em um condomínio com várias câmeras”, afirmou.
A situação teria se agravado com a entrada dos policiais no interior da casa, apesar da presença do recém-nascido. O morador afirma que roupas do bebê foram jogadas no chão e que os agentes ignoraram os pedidos para que a criança fosse preservada da ação.
Ele também acusa os policiais de recolherem uma faca de cozinha para justificar a abordagem. “Pegaram uma faca da minha cozinha dizendo que era arma branca, como se eu fosse agredir alguém. Em nenhum momento explicaram o que estava acontecendo”, disse.
Após os episódios, o homem afirma que foi levado pela equipe policial algemado, ferido e descalço, junto com o bebê dentro da viatura, e posteriormente deixado em via pública com a esposa.
O caso deverá ser apurado pelas autoridades competentes. A reportagem informou que tentou contato com a Polícia Militar, mas não obteve retorno até a publicação.
