Uma adolescente foi encontrada morta com um ferimento de tiro na cabeça dentro de sua residência na Estrada Aroreia, em Mogi das Cruzes, na última terça-feira (20). A mãe da vítima fez a macabra descoberta ao retornar para casa, transformando o lar em um cenário de mistério e dor. O caso, registrado como homicídio no 4º Distrito Policial, levanta questionamentos e acende o alerta nas autoridades locais.
Segundo o boletim de ocorrência, a mãe havia deixado a filha em casa para acompanhar a outra filha, que está grávida, a uma consulta médica. Preocupada com a falta de resposta às mensagens enviadas por volta das 11h15, a mãe retornou à residência por volta das 16h50 e encontrou a filha já sem vida, deitada em sua cama. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) confirmou o óbito no local, e a área foi isolada para a perícia.
A Polícia Civil concentra esforços em duas linhas de investigação. A irmã da vítima prestou depoimento, revelando um histórico de ameaças proferidas por indivíduos próximos à família, o que intensifica a complexidade do caso. “A Polícia Civil ouviu a irmã da vítima, que relatou um histórico de ameaças por parte de duas pessoas próximas à família”, diz o boletim.
A primeira linha investigativa recai sobre o ex-companheiro da irmã da vítima, que possuía uma medida protetiva contra si por violência doméstica. Suspeita-se que ele tenha ido à residência para pressionar a ex-companheira a revogar a ordem judicial, proferindo ameaças veladas. O homem negou o crime, apresentando um álibi que está sendo verificado pelas autoridades.
A segunda linha de investigação aponta para o ex-namorado da vítima, pai de sua filha de 1 ano e 3 meses. A irmã da adolescente relatou um relacionamento conturbado entre os dois e dívidas do suspeito, que utilizaria o nome da ex-namorada para evitar credores. A vítima também estaria recebendo ameaças de morte por telefone. Ele também negou o assassinato.
A polícia solicitou exames ao Instituto Médico Legal (IML) e conta com o apoio do Setor de Homicídios de Mogi das Cruzes para aprofundar as investigações. A busca por respostas continua, enquanto a comunidade local se mantém em estado de choque diante da trágica perda e da incerteza que paira sobre o caso.