A cidade de Mogi das Cruzes, na Região Metropolitana de São Paulo, foi palco de um crime brutal na última quarta-feira, 20 de agosto. Fernanda Tiemi dos Santos Ferreira, uma jovem de apenas 16 anos, foi encontrada morta em sua residência pela própria mãe, Raquel Ferreira dos Santos. A cena do crime, com a adolescente sobre a cama e ferimentos graves no pescoço, possivelmente causados por uma faca, chocou a comunidade local.
Fernanda, descrita por familiares como uma jovem “alegre e vaidosa”, tinha sonhos e responsabilidades. Prestes a completar 17 anos em outubro, ela almejava uma carreira como corretora de imóveis. Além disso, era mãe de uma menina de apenas um ano e três meses, que estava presente na casa no momento da descoberta do corpo, conforme relato de Raquel à imprensa. A perda precoce da jovem deixa um vazio imenso e levanta sérias questões sobre as circunstâncias de sua morte.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) se manifestou por meio de nota, confirmando a investigação em andamento. O objetivo principal é identificar o autor do crime e esclarecer todos os detalhes que levaram a essa tragédia. O caso foi registrado como homicídio, e um inquérito policial foi instaurado no 4º Distrito Policial de Mogi das Cruzes. Apesar dos esforços, até o momento, não há suspeitos detidos.
As investigações policiais revelaram um cenário de relacionamentos conturbados na vida da adolescente. A irmã mais velha de Fernanda, grávida de oito meses, relatou à polícia um histórico de desavenças com a vítima, inclusive com registros de boletins de ocorrência. A irmã também mencionou o ex-companheiro, contra quem possui uma medida protetiva, como uma pessoa que não apreciava a vítima. Segundo o relato, ele teria feito ameaças veladas caso a medida protetiva não fosse revogada.
Adicionalmente, a polícia apura informações sobre o relacionamento difícil de Fernanda com o pai de sua filha, um homem de 28 anos. A irmã da vítima alegou que o ex-namorado de Fernanda possuía dívidas e que a adolescente vinha recebendo ameaças de morte por telefone, o que adiciona mais complexidade ao caso. O ex-companheiro da irmã de Fernanda foi interrogado, negando qualquer envolvimento no crime. Ele confirmou ter ido à residência para tratar da medida protetiva, mas alegou ter saído sem discussões. O Setor de Homicídios de Mogi das Cruzes, com o apoio da perícia, segue em busca de respostas para este crime chocante.