Milei Encontra Trump na Casa Branca em Meio a Busca por Apoio Financeiro Argentino

O presidente argentino, Javier Milei, tem um encontro agendado com o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na Casa Branca, no dia 14 de outubro. A reunião ocorre logo após o anúncio de um pacote de ajuda financeira dos EUA à Argentina, um importante aliado na região, conforme comunicado divulgado pelo governo argentino.

A visita de Milei a Washington ganha destaque por acontecer a poucos dias das eleições legislativas cruciais na Argentina, marcadas para 26 de outubro. O governo de Milei enfatizou que o encontro com Trump fortalece a “aliança estratégica” entre os dois países, em um momento de delicada situação econômica para a Argentina.

Os dois líderes já haviam se encontrado em Nova York, durante a Assembleia Geral das Nações Unidas, onde Trump ofereceu um forte respaldo político e econômico ao governo ultraliberal de Milei. Esse apoio se materializou no anúncio de um auxílio financeiro substancial para o país sul-americano.

O pacote de ajuda dos Estados Unidos inclui uma linha de swap de US$ 20 bilhões com o Banco Central argentino, visando conter uma corrida cambial que pressionava o governo Milei. Além disso, o acordo prevê a compra de dívida pública argentina e uma linha de crédito direto do governo americano, cujos detalhes ainda não foram divulgados.

“A Argentina tem um apoio nunca visto na história do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump”, afirmou Milei em entrevista ao canal de televisão A24. Ele destacou que, caso a Argentina necessite, os Estados Unidos fornecerão os fundos para honrar a dívida, referindo-se ao mecanismo de swap, que também existe com a China.

O país enfrenta vencimentos de dívida significativos nos próximos anos, com cerca de US$ 4 bilhões em janeiro de 2026 e US$ 4,5 bilhões em julho do mesmo ano. A delicada situação econômica, somada aos desafios políticos no Congresso, tem colocado o governo Milei em uma posição complexa.

Em abril, o governo de Milei assinou um novo acordo de dívida de US$ 20 bilhões com o Fundo Monetário Internacional (FMI), que já havia concedido ao país cerca de US$ 50 bilhões em 2018. As medidas buscam estabilizar a economia argentina em meio a turbulências cambiais e desafios fiscais.