Um estudo inédito da Universidade de São Paulo (USP) revela uma face preocupante do consumo no Brasil: milhões de brasileiros admitem estar propensos a adquirir produtos ilegais, abrangendo desde bebidas alcoólicas até eletrônicos e combustíveis. Os números da pesquisa expõem a dimensão desse mercado paralelo e os desafios para combatê-lo.
O levantamento da USP quantificou essa tendência em diversos setores. Na área de bebidas alcoólicas, por exemplo, 24% dos consumidores – o que representa aproximadamente 11,7 milhões de pessoas – demonstraram aceitação em consumir produtos ilegais. A pesquisa também identificou uma propensão similar no setor de combustíveis, com 20% dos consumidores (9,7 milhões) admitindo a possibilidade de adquirir gasolina ou etanol de origem duvidosa.
O impacto do consumo de produtos ilegais vai além da questão econômica, atingindo a saúde pública e a segurança. “A ausência de fiscalização e controle de qualidade nesses produtos representa um risco significativo para a população”, alerta um dos pesquisadores responsáveis pelo estudo. “É fundamental conscientizar os consumidores sobre os perigos envolvidos”.
A pesquisa da USP aponta para a necessidade urgente de medidas mais eficazes para combater o comércio ilegal. O estudo, que investigou diversos setores, incluindo eletrônicos, revela um problema complexo que exige a colaboração entre o governo, a indústria e a sociedade civil para proteger os consumidores e garantir a segurança e a legalidade dos produtos comercializados no país.
Diante desse cenário, a pesquisa da USP se torna um importante ponto de partida para o debate e a formulação de políticas públicas mais eficazes. Os dados revelados evidenciam a urgência de ações que visem a conscientização do consumidor, o aumento da fiscalização e o combate à criminalidade organizada por trás do mercado ilegal.