Em um cenário de tensões comerciais, o agronegócio brasileiro vislumbra novas oportunidades no mercado árabe. Um estudo da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira identificou um potencial promissor para 13 produtos nacionais, em resposta à imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros pelos Estados Unidos.
O crescimento econômico e populacional de países como Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita impulsiona essa demanda. O Brasil, por sua vez, detém vantagens competitivas em produtos de alto valor nesses mercados, como café e carne, consolidando-se como um parceiro estratégico.
Além do agronegócio, setores como o de aço e petróleo refinado também encontram um ambiente favorável na região. As tarifas praticadas no mercado árabe, que variam de 0% a um teto de 20%, representam um atrativo significativo para os exportadores brasileiros, em comparação com as taxas mais elevadas impostas pelos EUA.
“As condições tarifárias favoráveis e a crescente demanda por produtos de qualidade tornam o mercado árabe uma alternativa estratégica para diversificar as exportações brasileiras”, afirma Alan Ghani, especialista em comércio internacional. A expectativa é que essa parceria impulsione o crescimento econômico de ambos os lados.