Mauro Cid Aceita Condenação por Trama Golpista e Evita Recurso ao STF

A defesa do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, optou por não recorrer da sentença proferida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no caso que investiga a trama golpista. A decisão foi comunicada após a publicação do acórdão que formalizou a condenação do militar.

Cid foi sentenciado a dois anos de prisão em regime aberto, a pena mais branda entre os réus do mesmo processo. Esse resultado é fruto do acordo de delação premiada firmado com a Justiça. A defesa considera a pena “justa” e, por isso, abriu mão de apresentar recurso.

Além da pena reduzida, o acordo de colaboração garantiu a Cid a restituição de bens e valores bloqueados durante a investigação. Ele e sua família também seguirão sob proteção da Polícia Federal, demonstrando os benefícios obtidos pela colaboração com a justiça.

Enquanto a situação de Mauro Cid se encaminha para a conclusão, as defesas dos demais réus condenados no mesmo julgamento têm até a próxima semana para apresentar seus recursos. Os advogados analisam o acórdão, com mais de duas mil páginas, buscando brechas para reverter as sentenças.

Apesar dos esforços das outras defesas, a expectativa geral é que o STF mantenha as condenações já estabelecidas. O caso de Mauro Cid, com a aceitação da pena e os benefícios concedidos, sinaliza um desfecho diferente em relação aos demais envolvidos na trama golpista.