O major Alexandro Marcolino Gomes, da Polícia Militar do Paraná (PM-PR), foi preso preventivamente na manhã desta última terça-feira (23), em Maringá, no norte do estado. Ele é investigado por usar o cargo de comandante da 3ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM), em Loanda, para cobrar propinas e obter vantagens ilícitas dentro da corporação.
A nova prisão aconteceu no âmbito da Operação Transparência, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Além do mandado de prisão, a Justiça determinou o bloqueio de contas bancárias, veículos e imóveis do major, somando R$ 344,3 mil em bens constritos.
Alexandro já havia sido detido em 22 de maio, durante a Operação Zero Um, por suspeita de “vender” procedimentos internos da PM. Segundo o Ministério Público, ele exigia pagamentos para autorizar transferências de policiais, influenciar inquéritos militares e até para intimidar subordinados. Na ocasião, ficou em prisão domiciliar.
Com a nova decisão judicial, o oficial foi novamente afastado do cargo. A PM-PR informou que um procedimento interno foi instaurado para decidir se ele será ou não expulso da corporação.
Defesa contesta prisão
Em nota, a advogada Anna Victória Masnei de Lima, que representa o major, classificou a prisão como “desproporcional e inadequada”, defendendo que não há fundamentos que justifiquem a medida cautelar. Segundo ela, a detenção afronta o princípio da presunção de inocência e causa sérios prejuízos à vida pessoal e familiar do oficial.
A defesa reforçou confiança na Justiça e afirmou esperar que a decisão seja revista, garantindo a liberdade do major até o julgamento final.
fonte: g1.globo