Em um momento de crescente tensão geopolítica, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, dirigiu-se a tropas militares nesta quinta-feira, transmitindo uma mensagem de desafio aos Estados Unidos. Vestindo fardamento militar, Maduro assegurou que a nação está preparada para defender sua soberania contra qualquer ameaça externa. A declaração ocorre em resposta à aproximação de navios de guerra americanos à costa venezuelana, elevando o nível de alerta na região.
Maduro enfatizou a resiliência da Venezuela, afirmando que o país emergiu mais forte após um período de “cerco”. “Estamos mais preparados para defender a paz, a soberania e a integridade territorial”, declarou o presidente, buscando transmitir uma imagem de força e determinação. Ele também destacou o país como um “exemplo como povo rebelde” para o continente.
A escalada da tensão se intensificou após o envio de sete navios de guerra e um submarino de capacidade nuclear, transportando mais de 4 mil soldados, pelo governo de Donald Trump em direção às águas venezuelanas. Washington acusa Maduro de liderar um grupo terrorista e prometeu o “uso de força total” contra Caracas. Os Estados Unidos também aumentaram a recompensa pela captura de Maduro para US$ 50 milhões, alegando que ele lidera uma rede de tráfico de drogas.
Em resposta, o governo venezuelano denunciou os Estados Unidos na Organização das Nações Unidas (ONU), acusando-os de promover uma “campanha terrorista” com o objetivo de justificar uma “intervenção militar”. A denúncia eleva a disputa para o cenário internacional, buscando apoio e condenação às ações americanas. A crise entre os dois países se agrava, com desdobramentos imprevisíveis.
Em um aparente aceno à cooperação regional, Maduro elogiou o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, pelo envio de 25 mil soldados para patrulhar a região de Catatumbo, na fronteira entre os dois países. Essa medida pode indicar uma busca por apoio de vizinhos em meio à crescente pressão internacional.