Em resposta ao envio de dez caças F-35 americanos para o Caribe, o presidente venezuelano Nicolás Maduro fez um apelo urgente por diálogo na noite desta sexta-feira. Durante um encontro com membros da milícia, Maduro pediu aos Estados Unidos que diminuam as tensões, buscando evitar uma escalada para um conflito militar de grandes proporções.
“O governo dos Estados Unidos deve abandonar seu plano de mudança violenta de regime na Venezuela e em toda a América Latina e o Caribe e respeitar a soberania, o direito à paz, à independência”, declarou Maduro. Ele também enfatizou que, apesar das divergências existentes, nenhuma delas justificaria um conflito militar de grande impacto ou violência na América do Sul.
A tensão crescente ocorre em meio a uma postura mais assertiva dos EUA em relação ao governo Maduro. Washington acusa o presidente venezuelano de envolvimento com o cartel de Los Soles, considerado um centro nevrálgico do narcotráfico na região, embora não tenha apresentado evidências concretas que comprovem a participação direta de Maduro.
Paralelamente ao envio dos caças, uma frota de navios de guerra dos EUA se aproxima da costa venezuelana. Em resposta, a Venezuela mobilizou 30 mil soldados para a fronteira com a Colômbia e recorreu à ONU, solicitando que os EUA respeitem sua soberania. A mobilização se estende até mesmo aos pescadores, que foram colocados em estado de alerta na costa venezuelana.