Em um momento crucial para as negociações de paz, o presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou que a Europa está “disposta” a oferecer garantias de segurança à Ucrânia tão logo um acordo de paz seja assinado. O anúncio foi feito durante um encontro em Paris com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, marcando um compromisso europeu de alta intensidade com a segurança ucraniana. Macron enfatizou que a Europa está “à altura da tarefa”, demonstrando um nível de envolvimento sem precedentes.
Entretanto, pairam dúvidas sobre a sinceridade da Rússia em relação aos seus compromissos de paz. Macron questionou a veracidade das propostas de paz russas feitas aos Estados Unidos, levantando preocupações sobre a real intenção de Moscou em cessar as hostilidades. A declaração antecede uma cúpula da “coalizão de voluntários”, liderada por Macron e pelo primeiro-ministro britânico Keir Starmer, que busca fornecer garantias de segurança à Ucrânia.
Volodymyr Zelensky, por sua vez, expressou ceticismo em relação à disposição da Rússia em buscar uma solução pacífica. “Infelizmente, ainda não vimos sinais por parte da Rússia que indiquem que desejam acabar com a guerra”, declarou Zelensky à imprensa em Paris. Apesar do ceticismo, o presidente ucraniano manifestou confiança de que a Europa e os Estados Unidos aumentarão a pressão sobre a Rússia para alcançar uma solução diplomática.
A “coalizão de voluntários”, composta por cerca de trinta países, majoritariamente europeus, está disposta a apoiar o Exército ucraniano e, inclusive, enviar tropas à Ucrânia após um cessar-fogo. O objetivo é dissuadir a Rússia de futuras agressões, criando um ambiente de segurança mais estável para o país. No entanto, alguns países europeus condicionam seu envolvimento concreto à obtenção de garantias de segurança por parte dos Estados Unidos.
Macron assegurou que os preparativos para as garantias de segurança estão concluídos, aguardando agora um aval político. “As contribuições que foram preparadas, documentadas e confirmadas esta tarde ao nível dos ministros da Defesa, de maneira extremamente confidencial, me permitem dizer: ‘Aqui está, este trabalho preparatório está concluído. Agora será assumido politicamente'”, explicou o presidente francês, sublinhando a importância do momento para o futuro da Ucrânia.