A advocacia brasileira está de luto. Luiz Fernando Sá e Souza Pacheco, renomado criminalista de 51 anos, foi encontrado morto em São Paulo na manhã desta quinta-feira (2). A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP) confirmou a informação e expressou profundo pesar pela perda do profissional, que dedicou 30 anos à defesa do direito.
Luiz Fernando Pacheco teve atuação marcante em casos de grande repercussão, como o Mensalão, onde defendeu o ex-deputado José Genoino. Além disso, ele foi um dos fundadores do Grupo Prerrogativas, conhecido por sua postura progressista e alinhamento com o Partido dos Trabalhadores (PT). Sua trajetória inclui também a atuação como conselheiro da OAB-SP e do Conselho Federal da OAB, bem como conselheiro do Instituto de Defesa do Direito de Defesa (IDDD).
“Ele tinha trinta anos de carreira. Presidiu a comissão de prerrogativas da OAB-SP. Foi sempre um grande guerreiro do direito de defesa, das prerrogativas do cidadão, dos direitos humanos. Sempre trabalhou de maneira muito aguerrida nisso, como poucos”, lamentou Leonardo Sica, presidente da OAB-SP, em declaração ao Estadão. A Ordem decretou luto de três dias em homenagem ao advogado.
Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do Prerrogativas, também manifestou sua tristeza pela perda. “Ele era um dos membros mais ativos do grupo. Era um advogado extremamente combativo, solidário e generoso. Estava vivendo um momento muito feliz da vida pessoal. É uma perda absolutamente irreparável”, disse ao Estadão. O grupo de juristas promete acompanhar as investigações sobre a morte de Pacheco e preparar homenagens póstumas.
