O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem uma agenda intensa na próxima semana em Nova York, onde participará de encontros cruciais à margem da Assembleia Geral da ONU. A pauta inclui debates sobre o fortalecimento da democracia global, a urgência das questões climáticas e a busca por uma solução pacífica para o conflito Israel-Palestina. A informação foi confirmada nesta segunda-feira pelo Ministério das Relações Exteriores, evidenciando a centralidade da política externa brasileira no cenário mundial.
A maratona diplomática de Lula começa no dia 22 com a abertura da Semana do Clima, evento que visa impulsionar ações concretas contra a crise climática e acelerar a transição energética. No mesmo dia, o presidente se junta a Emmanuel Macron, presidente da França, e representantes da Arábia Saudita para discutir a questão palestina. A iniciativa ganha relevância após a ONU aprovar a Declaração de Nova York, que busca uma solução de dois Estados para o conflito na Faixa de Gaza.
Macron, em suas redes sociais, destacou o esforço conjunto: “Hoje, sob a liderança da França e da Arábia Saudita, 142 países adotaram a Declaração de Nova York sobre a implementação da Solução de Dois Estados. Juntos, estamos traçando um caminho irreversível rumo à paz no Oriente Médio”. O presidente francês ainda enfatizou que trabalhará para tornar esse plano de paz uma realidade.
No dia seguinte à Assembleia Geral da ONU, Lula liderará um encontro focado na democracia, com discussões sobre multilateralismo e a defesa das instituições democráticas em todo o mundo. Complementando a agenda, o presidente participará da Cúpula das NDCs, organizada pelo Secretário-Geral da ONU, António Guterres, para abordar os desafios no cumprimento dos compromissos climáticos nacionais e buscar soluções coletivas mais eficazes.
A viagem de Lula aos Estados Unidos está programada para o fim de semana, com retorno previsto após o cumprimento dessas agendas prioritárias. O Itamaraty informou que ainda estão sendo definidos encontros bilaterais com outros chefes de Estado, mas confirmou uma reunião com o Secretário-Geral da ONU antes do discurso de abertura de Lula na Assembleia Geral, um momento tradicionalmente reservado ao Brasil.