Lula Eleva o Tom e Exige Lealdade do Centrão: ‘Quem Não Defender o Governo, Que Saia’

Em uma reunião tensa no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cobrou publicamente lealdade dos ministros do centrão, especialmente aqueles ligados ao União Brasil e ao Partido Progressista (PP). O ultimato surge em meio a crescentes manifestações de oposição, inclusive orquestradas por partidos da base aliada.

Segundo relatos de participantes, Lula foi direto ao ponto: “Se não se sentirem confortáveis para defender o governo, conversem comigo e, se for o caso, sigam seus próprios caminhos.” O presidente expressou seu descontentamento com a ausência de manifestações de apoio em eventos recentes, sinalizando que a falta de engajamento é interpretada como desinteresse em permanecer na administração.

Além da cobrança política, Lula abordou temas concretos, como a segurança nas periferias, solicitando ação imediata do ministro Ricardo Lewandowski. A política econômica também foi pauta, com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, expressando, segundo alguns presentes, preocupação com a condução do Banco Central.

A reunião também serviu para apresentar o novo slogan do governo: “Governo brasileiro – do lado do povo brasileiro”. Lula e seus ministros usaram bonés com a frase “O Brasil é dos brasileiros”, reforçando uma postura nacionalista em face de pressões internacionais, como a sobretaxa imposta pelos Estados Unidos a produtos brasileiros.

Ao final do encontro, ministros do União Brasil e do PP buscaram conversas reservadas com Lula. No entanto, a mensagem central permaneceu clara: divergências públicas e críticas abertas ao governo não serão toleradas. Conforme resumiu o presidente: “Não quero constranger ninguém, mas também não quero ser constrangido. Todos precisam ter consciência do papel que desempenham.” A firmeza de Lula indica que a lealdade política é essencial, especialmente com a aproximação das eleições de 2026 e o aumento da polarização.