Após recentes operações policiais revelarem um esquema de lavagem de dinheiro envolvendo fintechs e o PCC, o presidente Lula e seus aliados intensificaram as críticas ao deputado federal Nikolas Ferreira. O cerne da acusação reside em um vídeo de janeiro, no qual Ferreira criticava a ampliação do monitoramento de transações financeiras pela Receita Federal.
Alegam os governistas que a postura do deputado, ao questionar a medida, teria indiretamente beneficiado a organização criminosa, permitindo que ela continuasse utilizando fintechs para movimentar recursos ilícitos. A deputada Tabata Amaral, em vídeo divulgado nas redes sociais, questionou diretamente se Nikolas Ferreira ajudou o PCC com suas declarações.
Guilherme Boulos e Reimont também se juntaram às críticas, com o último questionando abertamente se as ações de Ferreira favoreceram o PCC. Parlamentares governistas articulam levar o caso ao Ministério Público Federal e à Câmara dos Deputados, buscando uma investigação formal sobre a conduta do deputado.
Nikolas Ferreira, por sua vez, rechaçou veementemente as acusações, classificando-as como “mentira torpe, criminosa e irresponsável”. O deputado prometeu acionar a Justiça por difamação, afirmando estar compilando todas as informações necessárias para processar os autores das declarações.
“Acusar os outros sem provas é com a esquerda mesmo”, escreveu o deputado em suas redes sociais, demonstrando indignação com as alegações. A polêmica reacende o debate sobre a regulamentação das fintechs e a necessidade de combater o crime organizado, ao mesmo tempo em que expõe a crescente polarização política no país.