O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou duramente a paralisação de obras públicas por gestores, defendendo, inclusive, a prisão para aqueles que interrompem projetos iniciados por administrações anteriores. A declaração foi feita durante agenda em Breves, no Pará, nesta quinta-feira (2). Lula não mencionou nomes específicos, mas o recado foi claro.
“Quando você deixa uma obra paralisada porque foi o seu adversário que começou a fazer a obra, você não está tendo nenhum respeito pelo povo da sua cidade”, afirmou o presidente, demonstrando preocupação com o impacto da descontinuidade administrativa na população. Lula reforçou a necessidade de priorizar o bem-estar da população acima de disputas políticas.
Além da crítica à paralisação de obras, Lula destacou a importância de o governo federal atender às necessidades da população mais vulnerável. “Eu gosto de todo mundo. Eu gosto dos ricos, dos pobres e da classe média, mas o governo tem que saber quem é que precisa do governo”, declarou. O presidente também assegurou que sua gestão focará em crianças e mulheres, sem negligenciar outras parcelas da sociedade.
Durante a visita ao Pará, Lula também se comprometeu a auxiliar o governador Helder Barbalho (MDB) na cobrança de uma concessionária responsável pelo fornecimento de água potável na Ilha do Marajó. A demora na entrega do serviço essencial foi alvo de críticas por parte do presidente, que prometeu apoio para solucionar o problema.
Ainda em Breves, Lula inaugurou uma creche cuja construção estava paralisada desde 2011, segundo a Secretaria de Comunicação Social (Secom). O evento simbolizou a retomada de investimentos em infraestrutura e o compromisso do governo federal com a educação na região. O presidente também participou de cerimônias de entregas relacionadas ao Ministério da Educação na Ilha do Marajó.