O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias, elevou o tom contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, após sua participação nos atos de Jair Bolsonaro na Avenida Paulista. Lindbergh acusou Tarcísio de atuar como defensor do ex-presidente, em vez de focar em suas responsabilidades como chefe do Executivo estadual. A crítica surge em resposta ao discurso de Tarcísio, que questionou a atuação do ministro Alexandre de Moraes.
Para Lindbergh, a postura de Tarcísio representa uma grave ameaça à democracia. Em sua declaração, divulgada na rede social X, o deputado afirmou que “quem ataca ministros e defende anistia para conspiradores não luta por liberdade: legitima o crime, sabota a Justiça e abre caminho para novos atentados contra a democracia”. Ele ainda adicionou que Tarcísio ‘cruzou o Rubicão’ com seu discurso.
Ainda segundo Lindbergh, as falas de Tarcísio configuram um ataque frontal ao Supremo Tribunal Federal (STF), com potencial para influenciar o andamento de processos judiciais. “Não é crítica política, mas um ataque frontal ao STF, que pode configurar coação no curso do processo, por tentativa de intimidar o ministro relator no meio do julgamento de Jair Bolsonaro e demais golpistas”, argumentou o deputado.
Lindbergh também criticou a defesa implícita de Tarcísio pela anistia aos envolvidos em atos golpistas. Para o líder petista, tal medida serviria apenas para garantir a impunidade e abrir caminho para novas tentativas de golpe contra a democracia brasileira. A declaração acirra o debate político em torno da atuação de figuras públicas em relação aos eventos de 8 de janeiro.
