Kremlin Vê Otimismo em Reação de Trump a Proposta de Putin Sobre Tratado Nuclear

O Kremlin expressou satisfação nesta segunda-feira diante dos comentários do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em relação à proposta do presidente russo Vladimir Putin de estender o tratado New START por mais um ano. O acordo de controle de armas nucleares tem sua expiração prevista para fevereiro, e a iniciativa russa busca evitar um vácuo estratégico. O porta-voz do governo russo, Dmitry Peskov, indicou que a resposta de Trump sinaliza uma possível abertura de Washington à proposta.

A proposta de Putin visa prorrogar o tratado assinado em 2010 por Barack Obama e Dmitry Medvedev. O líder russo argumenta que o fim do acordo poderia levar a uma desestabilização global, incentivando a proliferação de armas nucleares. Ele sugere que essa extensão temporária serviria como base para negociações mais amplas, incluindo armas táticas e sistemas estratégicos modernos desenvolvidos pela Rússia.

“O trabalho continua e trará resultados”, declarou Putin durante um fórum internacional, demonstrando confiança em um desfecho positivo. Moscou também insiste que cabe aos Estados Unidos persuadir a China a participar de futuras discussas sobre o controle de armas. Além disso, a Rússia defende que Reino Unido e França, ambos membros da OTAN, também sejam incluídos em um possível tratado sucessor.

Apesar do tom de conciliação, Putin admitiu que há resistência interna nos Estados Unidos em relação à renovação do New START. “Se eles não precisam disso, nós também não precisamos. Estamos confiantes em nosso escudo nuclear”, afirmou o presidente russo, adotando um tom desafiador. O tratado New START limita cada país a 1.550 ogivas nucleares e 700 mísseis e bombardeiros estratégicos.

Especialistas alertam que a não renovação do acordo poderia desencadear uma nova corrida armamentista entre as duas maiores potências nucleares do mundo. A manutenção do tratado, portanto, é vista como crucial para a estabilidade global e a prevenção de conflitos em larga escala. O futuro do controle de armas nucleares permanece incerto, dependendo das negociações e decisões políticas dos próximos meses.