Às vésperas da fase final do julgamento de Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF), a grande questão permanece: o ex-presidente comparecerá? A defesa de Bolsonaro, segundo informações divulgadas pelo Portal Metrópoles e confirmadas pelo Bacci Notícias, recomendou que ele não esteja presente, avaliando que sua participação poderia ser prejudicial à sua defesa.
Embora a assessoria jurídica tenha expressado sua posição, a decisão final ainda está nas mãos de Bolsonaro. Fontes próximas ao ex-presidente indicam que a possibilidade de sua presença não foi totalmente descartada, mesmo diante das recomendações contrárias. A situação é delicada e envolve diversos fatores.
A condição de prisão domiciliar, imposta pelo ministro Alexandre de Moraes, adiciona um nível extra de complexidade. Para comparecer ao STF, Bolsonaro necessitaria de uma autorização judicial prévia, o que ainda não ocorreu. Até a manhã desta segunda-feira, nenhum pedido formal de liberação havia sido protocolado.
A sessão de abertura do julgamento será conduzida pelo ministro Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma do STF. Em seguida, o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo, apresentará um detalhamento do caso. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, terá até duas horas para apresentar a acusação, pleiteando a condenação de Bolsonaro e de seus associados.
Após a acusação, a defesa de Bolsonaro terá a oportunidade de apresentar seus argumentos. A expectativa é que o julgamento, com início previsto para terça-feira, se estenda ao longo da semana, com desdobramentos significativos para o futuro político do ex-presidente.