Em meio à escalada de tensões na região, autoridades israelenses prenderam, nesta segunda-feira (8), um indivíduo suspeito de envolvimento no ataque a tiros que resultou na morte de seis pessoas em um ponto de ônibus em Jerusalém Oriental. O ataque foi perpetrado por dois palestinos da Cisjordânia, que foram mortos no local por um militar israelense fora de serviço e civis armados, conforme comunicado da polícia israelense.
A identidade do suspeito detido não foi divulgada, mas a polícia informou que seu papel no atentado “está sendo investigado”. A emissora pública israelense Kan reportou que o indivíduo tem histórico de envolvimento no contrabando de trabalhadores palestinos da Cisjordânia para Israel, área onde a circulação é restrita e exige permissão.
As autoridades israelenses suspeitam que ele possa ter auxiliado os dois autores do ataque a entrarem em Jerusalém Oriental, área anexada por Israel em 1980, uma medida não reconhecida pela comunidade internacional e pela ONU. A detenção ocorre em um momento de alta tensão, com o ataque reacendendo o debate sobre a segurança e o status de Jerusalém.
O ataque ocorreu próximo ao assentamento israelense de Ramot, em Jerusalém Oriental. Residentes palestinos da região possuem uma permissão especial que lhes permite transitar entre a Cisjordânia e Israel, mas não possuem cidadania israelense plena e não podem votar nas eleições gerais, fato que alimenta tensões e desigualdades na região. A investigação continua para determinar o grau de envolvimento do suspeito no ataque.
								
															
               
               


