Israel Intensifica Pressão em Gaza: Panfletos Ordenam Evacuação em Meio a Crise Humanitária

O Exército de Israel intensificou a pressão sobre a população de Gaza neste sábado, lançando panfletos sobre a Cidade de Gaza com ordens de evacuação para o sul. A medida surge em meio a um anúncio de expansão da ofensiva militar contra o Hamas, com promessa de novos bombardeios e destruição de alvos estratégicos. A escalada ocorre em um contexto de infraestrutura já devastada e crescente crise humanitária.

A Cidade de Gaza, que antes abrigava cerca de um milhão de pessoas, apresenta um cenário de destruição generalizada após semanas de intensos ataques aéreos e terrestres. Moradores relatam a dificuldade em cumprir as ordens de evacuação, seja pela falta de meios ou pela insegurança da rota. Crianças foram vistas recolhendo os panfletos, um símbolo do desespero e da incerteza que assolam a região.

O Exército israelense alega ter destruído dezenas de edifícios nas últimas semanas, justificando a ação com a acusação de que o Hamas os utiliza como centros de operações. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu declarou a demolição de 50 “torres terroristas”. No entanto, a destruição sistemática da infraestrutura agrava a crise humanitária, dificultando o acesso a suprimentos básicos.

O fechamento de importantes passagens para o norte da Faixa de Gaza, imposto por Israel, intensificou a escassez de alimentos. A região enfrenta uma crise humanitária severa, marcada pela fome, colapso dos serviços básicos e um êxodo forçado. A nova rota de fuga para o sul não oferece garantias de segurança ou acolhimento adequado, com relatos de superlotação e ausência de infraestrutura humanitária.

“Crianças foram vistas recolhendo panfletos lançados do céu, enquanto relatos no local apontam para um cenário de esgotamento, insegurança e desamparo”, relata um correspondente local, descrevendo a situação desesperadora. A crise em Gaza se agrava a cada dia, com autoridades de saúde reportando um número alarmante de vítimas desde o início da escalada do conflito: “mais de 65 mil palestinos foram mortos”.