Horror em BH: Mãe é Presa Após Ser Filmada Torturando Filha de 2 Anos; Vítima Já Apresentava Fratura Antiga

Uma mulher de 22 anos foi presa em flagrante no último domingo (31) em Belo Horizonte, Minas Gerais, sob acusação de torturar a própria filha de dois anos. A prisão ocorreu após o pai da criança, de 38 anos, flagrar as agressões por meio de uma câmera escondida instalada no quarto. Desconfiado de maus-tratos, o pai decidiu monitorar a mãe, capturando cenas chocantes de sufocamento, chutes e arremessos da criança contra a parede.

O caso, apresentado nesta terça-feira (2) pelo delegado Rodolfo Rabelo, da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), revelou a gravidade das agressões. “No meu entendimento, a mãe cometeu crime de tortura. Ela sufoca a criança, dá um chute no rosto da menina, joga contra a parede. Não é só uma agressão para repreender um filho. Parece que era algo além do normal”, declarou o delegado, evidenciando a brutalidade dos atos.

A investigação policial revelou um histórico preocupante de lesões na criança. Aproximadamente um ano antes, a menina sofreu uma fratura no fêmur, cujas circunstâncias nunca foram devidamente esclarecidas. O pai também relatou à polícia que a criança apresentava diversas marcas pelo corpo, justificadas pela mãe como sendo causadas pelo irmão gêmeo.

Contudo, o delegado Rabelo contestou essa versão, afirmando que as marcas eram incompatíveis com a força de uma criança de um ou dois anos. Além disso, o irmão gêmeo não apresentava sinais de violência, reforçando a suspeita de que a menina era o único alvo dos maus-tratos. Atualmente, os dois irmãos estão sob os cuidados do pai, que busca garantir a segurança e o bem-estar dos filhos.

Em depoimento, a mulher optou por permanecer em silêncio. No entanto, no momento da prisão, alegou aos policiais militares que estava sobrecarregada com os cuidados dos filhos e que o companheiro só a ajudava caso mantivessem relações sexuais. Essa alegação será investigada pela Delegacia de Mulheres, a fim de apurar as circunstâncias e eventuais responsabilidades.

A Polícia Civil de Minas Gerais informou que a prisão em flagrante foi convertida em preventiva pela Justiça. O inquérito policial continua em andamento, conduzido pela Depca, que solicitou medidas protetivas para a criança. O delegado Rabelo ressaltou que a investigação vai apurar se a mãe pode ser responsabilizada pelo crime de tortura, cuja pena pode chegar a oito anos de prisão, além de possíveis agravantes devido à idade da vítima.