Há 95 anos, nascia em Santos, Gylmar dos Santos Neves, um nome que ecoa nos anais do futebol como sinônimo de segurança, elegância e defesas espetaculares. Gylmar, com seu estilo único, eternizou-se como o único goleiro titular bicampeão mundial, um feito memorável alcançado nas Copas de 1958 e 1962. Sua trajetória, marcada por atuações impecáveis, o consagrou como um dos maiores arqueiros da história do esporte.
Sua carreira profissional teve início no Jabaquara, mas foi no Corinthians que Gylmar ganhou projeção nacional. Durante uma década defendendo o alvinegro paulista, ele conquistou o Campeonato Paulista de 1954, um título emblemático celebrado no “Quarto Centenário” da cidade de São Paulo. Essa conquista consolidou sua reputação como um goleiro de excelência e abriu as portas para novos desafios.
A consagração definitiva viria no Santos, onde Gylmar formou um esquadrão lendário ao lado de Pelé, Coutinho, e outros craques. Juntos, eles dominaram o cenário sul-americano e mundial, conquistando os títulos da Libertadores e do Mundial de Clubes em 1962 e 1963. A IFFHS (Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol) reconhece Gylmar como um dos vinte maiores goleiros de todos os tempos, um testemunho de sua grandeza.
Além dos títulos, Gylmar acumulou recordes impressionantes, como quatro jogos consecutivos sem sofrer gols em Copas do Mundo. Sua participação na Copa de 1966, na Inglaterra, demonstra sua longevidade e importância para a seleção brasileira. Apelidado de “Girafa”, seus 1,80m eram considerados uma boa estatura para a época, e sua habilidade sob as traves o diferenciava dos demais.
“Gylmar era um goleiro completo, com reflexos rápidos e um posicionamento impecável”, afirmam especialistas. Sua história, rica em conquistas e momentos memoráveis, continua a inspirar novas gerações de goleiros e amantes do futebol. Gylmar dos Santos Neves, o gigante eterno do gol, permanece vivo na memória de todos que apreciam a arte de defender com maestria.