O governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos), foi afastado do cargo nesta quarta-feira (3) após decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ele é investigado por suposto desvio de R$ 73 milhões em contratos firmados durante a pandemia de Covid-19. A primeira-dama também foi afastada.
Segundo a Polícia Federal, as irregularidades teriam ocorrido entre 2020 e 2021, período em que Barbosa ocupava o cargo de vice-governador. As investigações apontam que contratos de fornecimento de cestas básicas e frangos congelados, que somaram quase R$ 100 milhões, foram fraudados. O dinheiro desviado teria sido usado em empreendimentos de luxo, despesas pessoais e compra de gado.
Ainda conforme a apuração, o atual governador recebia depósitos em espécie por meio de seu chefe de gabinete e quitava boletos em seu nome com valores de propina. A operação incluiu 51 mandados de busca e apreensão. Barbosa é acusado de frustração de licitação, peculato, corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
O afastamento tem validade imediata e duração de seis meses. Em nota, Barbosa classificou a decisão como “precipitada” e afirmou que as irregularidades ocorreram na gestão anterior, quando era vice-governador. Ele ressaltou que determinou auditoria nos contratos investigados e garantiu que tomará medidas jurídicas para reassumir o cargo.