A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, manifestou apoio ao pedido de prisão preventiva contra o ex-governador Ciro Gomes, em decorrência de seus ataques verbais à prefeita de Crateús (CE), Janaína Farias (PT). A solicitação foi formalizada pela Advocacia do Senado, que considerou as declarações de Ciro como ofensivas e inaceitáveis. Gleisi classificou as atitudes de Ciro Gomes como “repugnantes e misóginas”.
Ciro Gomes tem sido alvo de controvérsias por suas declarações em redes sociais e entrevistas. Ele acusou Janaína Farias de ser “assessora de assuntos de cama” do Ministro da Educação, Camilo Santana, além de proferir outros insultos. Suas declarações geraram forte reação e motivaram ações legais contra o ex-governador.
Em resposta às ofensas, a Justiça do Distrito Federal já havia determinado que Ciro Gomes pagasse uma multa de R$ 52 mil e mantivesse uma distância mínima de 500 metros de Janaína Farias, além de cessar os ataques. No entanto, o descumprimento da ordem judicial teria motivado o pedido de prisão preventiva, intensificando a disputa judicial entre as partes.
O Ministério Público do Ceará também se pronunciou sobre o caso, acusando Ciro Gomes de tentar “constranger e humilhar a política, a desqualificando por sua condição de mulher”. A defesa de Ciro Gomes, por outro lado, argumenta que as acusações se tratam de críticas políticas e que a prisão preventiva seria uma medida desproporcional.
O caso continua a gerar debates acalorados sobre os limites da liberdade de expressão e a responsabilidade dos agentes políticos em suas declarações públicas. A decisão sobre a prisão preventiva de Ciro Gomes caberá à Justiça, que deverá analisar os argumentos das partes envolvidas e o contexto dos fatos.
