A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, elevou o tom contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, após declarações do governador em um leilão na B3. Em publicação na rede social X, a ministra petista acusou Tarcísio de defender políticas que aumentariam a desigualdade social no país caso ele chegasse à presidência.
Gleisi classificou Tarcísio como “fantoche” e criticou sua defesa do livre mercado como solução para os problemas sociais. A declaração da ministra veio após Tarcísio afirmar que o mercado, e não o Estado, seria o principal motor para os investimentos necessários ao país. A fala gerou forte reação no meio político.
“Tarcísio anunciou ontem que, depois de indultar Bolsonaro, se fosse presidente iria aumentar a desigualdade social no país”, escreveu Gleisi em sua conta no X. A ministra ainda questionou a visão do governador sobre o papel do Estado em grandes projetos, citando o financiamento público do túnel Santos-Guarujá.
Gleisi argumenta que séculos de capitalismo demonstraram que apenas um Estado governado democraticamente é capaz de reduzir a desigualdade. Ela contrapõe essa visão à lógica do mercado, focada no lucro e na concentração de renda, o que, segundo ela, levaria a injustiças sociais.
A crítica de Gleisi se junta a outras manifestações de lideranças políticas, como Lindbergh Farias, que também se posicionaram contra as ideias defendidas por Tarcísio. O debate acirrado ocorre em meio a especulações sobre a possível candidatura de Tarcísio à presidência em 2026, com o governo Lula já o enxergando como um potencial adversário.
