Em resposta à Operação Contenção, deflagrada no Rio de Janeiro contra o Comando Vermelho (CV), Argentina e Paraguai elevaram o nível de vigilância em suas fronteiras com o Brasil. A medida visa impedir a possível fuga de integrantes da facção criminosa para os países vizinhos, intensificando o controle nas áreas de fronteira.
A Argentina, em particular, acionou o alerta máximo na quarta-feira (29), classificando o CV e o Primeiro Comando da Capital (PCC) como organizações narcoterroristas. Essa decisão reflete a crescente preocupação das autoridades argentinas com a influência e as atividades das facções brasileiras em seu território.
No Paraguai, o Conselho Nacional de Segurança intensificou o patrulhamento de veículos na fronteira, além de reforçar as operações de inteligência para identificar possíveis membros do CV com mandados de prisão no Brasil. “Diante dessa situação, as instituições nacionais com competência em matéria de segurança e controle adotaram medidas extraordinárias de prevenção e vigilância em toda a faixa fronteiriça do leste do Paraguai”, declarou o Conselho de Defensa Nacional do Paraguai.
Do lado argentino, a ministra da Segurança Pública, Patricia Bullrich, destacou que todos os brasileiros que ingressarem no país serão submetidos a uma análise minuciosa. O objetivo é identificar possíveis ligações com facções criminosas, sem, contudo, prejudicar o fluxo turístico legítimo. “Esse alerta máximo significa observar com muita atenção todos os brasileiros que venham à Argentina, verificando se têm ou não antecedentes, mas sem confundir turistas com integrantes do Comando Vermelho”, afirmou Bullrich.
A Operação Contenção, que mobilizou cerca de 2,5 mil agentes no Rio de Janeiro, teve como alvo os Complexos da Penha e do Alemão. O confronto resultou em um número alarmante de mortes, incluindo policiais e suspeitos, tornando-se a ação policial mais letal da história do estado.
