Forças Armadas Soam Alerta: Falta de Investimento Ameaça a Defesa Nacional

As Forças Armadas brasileiras intensificaram a pressão sobre o governo federal, expressando profunda preocupação com a insuficiência de investimentos no setor de defesa. Segundo fontes em Brasília, a alegação é que o Brasil destina uma parcela significativamente menor do seu Produto Interno Bruto (PIB) para gastos militares em comparação com a média global, levantando sérias questões sobre a capacidade estratégica do país no cenário internacional.

Atualmente, a média mundial de investimento em defesa corresponde a 2,4% do PIB. A OTAN, por sua vez, estabelece uma meta mínima de 2% para seus membros, com discussões em andamento para elevar esse patamar para 5% até 2035. No Brasil, uma proposta em análise no Senado busca alcançar os 2%, mas enfrenta dificuldades para avançar no Congresso, gerando apreensão entre os militares.

O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, é um defensor do aumento do orçamento, porém, enfrenta considerável resistência política, conforme relatos. A lentidão na aprovação de recursos, segundo militares, compromete a aquisição de equipamentos estratégicos, o desenvolvimento de inteligência e a execução de projetos já contratados, muitos dos quais estão paralisados ou sequer foram concluídos.

Dentre as principais preocupações, destaca-se a crescente defasagem tecnológica das Forças Armadas e a inadequada distribuição das tropas, concentradas em áreas urbanas como o Rio de Janeiro, em detrimento de regiões de fronteira vulneráveis ao tráfico internacional de drogas e outras ameaças. A falta de investimentos, portanto, impacta diretamente na capacidade de resposta do país a desafios de segurança complexos.