A fonoaudióloga Ana Paula Abreu Carneiro, de 33 anos, foi vítima de feminicídio no último domingo (24) em Sinop, Mato Grosso. Lucas Franca Rodrigues, seu namorado, é o principal suspeito de ter desferido múltiplas facadas contra a vítima, culminando em sua morte. O caso chocou a comunidade local e ganhou repercussão nacional devido à sua brutalidade e desdobramentos.
Após o crime, Rodrigues teria enviado fotos do corpo de Ana Paula para a irmã dela, sua cunhada, em um ato de crueldade que agrava ainda mais a tragédia. Segundo informações do Corpo de Bombeiros, Ana Paula foi atingida por um número alarmante de facadas, estimadas entre 15 e 20, distribuídas pelo pescoço, tronco, abdômen, tornozelos e pernas.
Ana Paula, graduada pela Universidade de Brasília (UnB) e mestranda da Fundação Getúlio Vargas (FGV), compartilhava em suas redes sociais momentos de sua vida, incluindo declarações de amor a Lucas. Apenas quatro dias antes do crime, ela escreveu: “Você é o motivo pelo qual voltei a sorrir, você é a luz que ilumina a minha vida… o amor da minha vida…Independente do que aconteça, estarei do seu lado”. O contraste entre a demonstração de afeto e a violência do ato subsequente é perturbador.
De acordo com relatos, após o feminicídio, Lucas ligou para a irmã de Ana Paula e enviou as imagens do corpo. Em seguida, repetiu o ato com seu próprio irmão, residente em Brasília, confessando o crime. Diante da confissão e das evidências, a irmã de Ana Paula e o irmão de Lucas acionaram as autoridades policiais.
Ao chegarem ao local do crime, as autoridades encontraram Lucas em um estado de surto psicótico, oferecendo resistência à prisão. Foi necessário o uso de armas de choque para contê-lo e efetuar a prisão em flagrante. Lucas Franca Rodrigues permanece sob custódia, à disposição da Justiça, enquanto as investigações prosseguem para esclarecer todos os detalhes e motivações por trás deste ato de violência extrema.