O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) manifestou forte oposição à decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que intensificou o monitoramento da residência do ex-presidente Jair Bolsonaro. A medida, implementada neste sábado (30), visa prevenir uma possível fuga do ex-chefe do Executivo, conforme justificativa oficial.
Para Flávio Bolsonaro, a ação configura uma “invasão de privacidade” e demonstra “falta de respeito” com Michelle Bolsonaro e sua filha Laurinha. O senador classificou a situação como “uma humilhação”, estendendo sua crítica à condição do ex-presidente.
O parlamentar também questionou a legalidade da decisão, acusando Moraes de antecipar o cumprimento de pena. “Alexandre de Moraes inventou uma nova modalidade de regime: o fechado com acompanhantes”, ironizou Flávio Bolsonaro, em referência à presença da família na residência.
Apoiadores de Bolsonaro engrossaram o coro de críticas. Fábio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação, descreveu a medida como uma tentativa de “desestabilizar e expor” o ex-presidente, qualificando-a como uma “provocação barata”. Wajngarten ainda a considerou um “contrassenso” para quem prega a pacificação do país.
Wajngarten adiantou que o ex-presidente pretende recorrer da decisão e acionar instâncias internacionais. Ele também criticou o que a direita denomina “ativismo judicial”. Em resposta à decisão, o STF não se manifestou até o momento desta publicação.
A decisão de Moraes determina que a Polícia Penal do Distrito Federal intensifique o monitoramento da área externa da residência de Bolsonaro. A medida inclui vistorias em todos os veículos que saírem da propriedade, com registro detalhado dos carros, motoristas e passageiros. Jair Bolsonaro cumpre prisão domiciliar desde 4 de agosto, por determinação do mesmo ministro.
