A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (16) uma nova fase da Operação Mafiusi, com ações em diversas cidades do Paraná e de São Paulo, incluindo Maringá, Curitiba, São Paulo, Santana de Parnaíba, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Ribeirão Pires, Peruíbe e Jardinópolis.
Entre os alvos da operação está a residência do secretário de Fazenda de Maringá, onde foram apreendidas uma Ferrari avaliada em R$ 1,4 milhão e uma Mercedes estimada em R$ 1 milhão.
Ao todo, a operação cumpre três mandados de prisão preventiva e 12 mandados de busca e apreensão, além de medidas patrimoniais que envolvem sequestro de imóveis, bloqueio de bens, contas bancárias e aplicações financeiras, totalizando aproximadamente R$ 13,89 milhões.
A Prefeitura de Maringá, em nota, afirmou que ainda não foi oficialmente comunicada sobre os detalhes da operação. “O município está apurando as informações e, assim que possível, se manifestará oficialmente”, informou o comunicado.
Núcleo financeiro de organização criminosa
De acordo com a Polícia Federal, esta fase da Operação Mafiusi tem como objetivo desarticular o núcleo financeiro de uma organização criminosa responsável por movimentar e lavar dinheiro proveniente do narcotráfico internacional.
As investigações indicam que o grupo utilizava métodos sofisticados de lavagem, incluindo empresas de fachada, fintechs, câmbio paralelo (dólar-cabo) e documentos falsos para ocultar a origem ilícita dos valores — muitas vezes simulando a prestação de serviços de locação de veículos e máquinas.
Ainda segundo a PF, o grupo também investiu recursos do tráfico em atividades aparentemente legais, como a aquisição de um time de futebol por meio de interpostas pessoas com antecedentes criminais. As investigações confirmaram o envio contínuo de cocaína ao exterior e ligações diretas com a alta cúpula de uma facção criminosa de São Paulo.
A operação é resultado da análise de materiais apreendidos na primeira fase da Mafiusi, deflagrada em dezembro de 2024, e revelou um esquema estruturado de lavagem de dinheiro em larga escala.
Os suspeitos serão encaminhados à Justiça Federal em Curitiba, onde responderão pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e tráfico internacional de drogas. A Polícia Federal destacou que as investigações continuam e novas fases da operação podem ser deflagradas conforme o avanço das apurações.
fonte: ric