A já tensa relação entre Estados Unidos e Venezuela atingiu um novo patamar após declarações do Secretário de Estado americano, Marco Rubio. O anúncio de que o governo Trump intensificará o combate a organizações narcoterrosristas surge em meio a incidentes como o recente abate de uma embarcação suspeita de transportar drogas no Caribe, elevando as preocupações sobre uma possível escalada militar na região.
“O presidente dos Estados Unidos vai travar guerra contra organizações narco-terroristas”, afirmou Rubio durante uma coletiva de imprensa no México, referindo-se à embarcação abatida e sinalizando uma postura mais agressiva por parte de Washington. A declaração explicita a determinação do governo Trump em combater o fluxo de drogas para os Estados Unidos, mesmo que isso implique em ações militares diretas.
A escalada na retórica coincide com uma política externa mais assertiva dos EUA em relação ao governo de Nicolás Maduro. Washington acusa o presidente venezuelano de envolvimento com o cartel de Los Soles, suposto centro do narcotráfico na região, embora não tenha apresentado evidências concretas que comprovem a ligação direta de Maduro com o grupo.
Diante deste cenário, os Estados Unidos intensificaram sua presença militar na região. Uma frota naval americana se aproxima da costa venezuelana, enquanto a Venezuela responde mobilizando 15 mil soldados para a fronteira com a Colômbia e buscando apoio da ONU, em defesa da soberania nacional e denunciando o que considera uma ameaça à sua integridade territorial.
A comunidade internacional observa atentamente o desenrolar dos acontecimentos, ciente dos potenciais impactos de um conflito na região. A busca por uma solução diplomática torna-se ainda mais urgente, a fim de evitar uma escalada irreversível e suas consequências humanitárias e geopolíticas.
