Os Estados Unidos estão avaliando a possibilidade de realizar ataques dentro da Venezuela contra traficantes de drogas, segundo fontes da NBC News. A análise inclui o uso de drones para atingir líderes de cartéis e laboratórios de produção de entorpecentes. No entanto, qualquer ofensiva ainda depende da aprovação do presidente Donald Trump e poderia ocorrer nas próximas semanas.
A escalada militar surge em um momento de crescente descontentamento em Washington, que acusa o governo de Nicolás Maduro de não se esforçar o suficiente para impedir o fluxo de drogas ilegais em direção aos Estados Unidos. A tensão na região tem aumentado, com a movimentação de tropas e navios americanos no litoral venezuelano. Incidentes recentes resultaram na destruição de embarcações suspeitas de tráfico e na morte de 14 pessoas.
Em resposta, Maduro classificou a presença militar americana no Caribe como uma “ameaça ilegal e imoral”. Surpreendentemente, o líder venezuelano buscou retomar o diálogo com Washington, oferecendo cooperação para capturar líderes do cartel Tren de Aragua, organização considerada terrorista pelos EUA. Maduro nega qualquer envolvimento com o narcotráfico, acusando os Estados Unidos de tentar derrubá-lo do poder, enquanto Washington oferece uma recompensa de US$ 50 milhões por sua captura.
Paralelamente a essas tensões, a Venezuela realizou simulações de preparação para desastres naturais e conflitos armados, mobilizando civis e militares em todo o país. Os exercícios incluíram evacuação de escolas, atendimento a emergências sísmicas e treinamento militar, visando preparar a população para possíveis eventualidades. Maduro indicou estar pronto para decretar um estado de “comoção exterior” caso o país seja alvo de agressão militar.
