Em meio à condenação, Bolsonaro recebe apoio do premiê húngaro Viktor Orbán

O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, expressou seu apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em um encontro com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nesta sexta-feira (7), em Washington, nos Estados Unidos. A manifestação de apoio ocorre em um momento delicado para Bolsonaro, que foi recentemente condenado a mais de 27 anos de prisão por sua participação na tentativa de golpe de Estado.

Orbán declarou total solidariedade a Bolsonaro e suas ideias, prometendo apoio contínuo “mesmo diante de quaisquer dificuldades”. “Estamos muito contigo, nós seguimos o que está acontecendo, estamos absolutamente em 100% de solidariedade com você, apoiamos suas ideias e liderança […] pode contar conosco, com os húngaros, com o país da Hungria, e com o governo da Hungria também”, afirmou o premiê húngaro.

A reunião entre Eduardo Bolsonaro e Viktor Orbán ocorreu antes de um encontro agendado entre o premiê húngaro e o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Eduardo Bolsonaro agradeceu a Orbán pelo apoio, destacando a importância do gesto em meio à agenda atribulada do premiê. “Mesmo em sua atribulada agenda nos EUA, antes de encontrar com Presidente Donald Trump, o Primeiro-Ministro húngaro @orbanviktor ainda mandou este recado a @jairmessiasbolsonaro. Gratidão não prescreve e a recíproca é verdadeira”, publicou o deputado.

Paralelamente, o Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para rejeitar o recurso de Jair Bolsonaro contra a condenação. A decisão, relatada pelo ministro Alexandre de Moraes, foi acompanhada pelos ministros Flávio Dino e Cristiano Zanin. O STF também deverá analisar em breve os recursos de outros seis acusados de participação na tentativa de golpe, incluindo figuras como Alexandre Ramagem e Anderson Torres.

Com o encerramento dos julgamentos dos recursos, previsto para a próxima semana, os condenados terão seus casos encaminhados para a declaração de trânsito em julgado, o que significa que não haverá mais possibilidade de recurso. A partir daí, caberá ao relator determinar o início do cumprimento das penas.