Em meio a acusações de corrupção, Netanyahu busca indulto e decisão repousa sobre ‘o bem de Israel’

O presidente de Israel, Isaac Herzog, declarou que a decisão sobre conceder ou não indulto ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu será pautada exclusivamente pelo “bem do Estado e da sociedade”. A declaração surge após Netanyahu formalizar o pedido de indulto, alegando que os processos judiciais em andamento aprofundam a divisão no país. O premiê nega veementemente todas as acusações de corrupção que pesam contra ele.

Herzog enfatizou que o caso será tratado com a máxima seriedade e rigor. “Só considerarei o bem do Estado e da sociedade israelense, e diante de meus olhos estarão apenas o Estado de Israel e seus interesses”, afirmou o presidente em comunicado oficial. A decisão é aguardada com grande expectativa, considerando o impacto político e social que pode gerar.

Netanyahu enfrenta múltiplos processos judiciais, nos quais ainda não houve sentença definitiva. As acusações incluem o recebimento de luxuosos presentes, como charutos, joias e champanhe, avaliados em mais de US$ 260 mil, de bilionários em troca de favores políticos. Além disso, é acusado de tentar obter cobertura favorável em veículos de comunicação israelenses.

A influência internacional também se faz presente no caso, com o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tendo solicitado a Herzog que conceda o indulto a Netanyahu. A assessoria do presidente israelense reconheceu que o pedido é “extraordinário e com implicações importantes”, prometendo uma análise criteriosa e responsável após a coleta de todas as opiniões relevantes.