A província de Buenos Aires, o maior colégio eleitoral da Argentina, abriu suas urnas neste domingo para eleições legislativas que prometem ser um termômetro crucial para as eleições nacionais de outubro. Aproximadamente 14,3 milhões de eleitores estão aptos a votar para eleger 46 deputados e 23 senadores para a Assembleia Legislativa provincial, sediada em La Plata, além de membros dos conselhos deliberativos dos 135 municípios da província.
A votação, que se estende das 8h às 18h (horário de Brasília), acontece em 41.189 mesas distribuídas por oito zonas eleitorais. Cerca de 15 partidos e alianças disputam os votos dos eleitores em cada seção, tornando a competição acirrada e imprevisível. A complexidade do cenário político local adiciona uma camada extra de interesse ao pleito.
Entre os principais contendores, destaca-se a Força Pátria, uma aliança peronista liderada pelo governador Axel Kicillof, pela ex-presidente Cristina Kirchner e pelo ex-ministro da Economia Sergio Massa. Do outro lado, a extrema-direita A Liberdade Avança (LLA), do presidente Javier Milei, formou aliança com o PRO, partido conservador do ex-presidente Mauricio Macri, buscando consolidar sua base.
Outras forças em campo incluem o Somos Buenos Aires, que representa setores peronistas anti-kirchneristas, e a Frente de Esquerda e dos Trabalhadores Unidade. Tradicionalmente ofuscadas pelas eleições nacionais, as eleições provinciais ganharam destaque este ano, impulsionadas pela decisão de desmembrá-las do calendário eleitoral nacional.
“Tanto o governo de Milei quanto o peronismo escolheram como estratégia política colocar a eleição provincial como uma batalha-chave para se posicionar com solidez para as eleições nacionais de outubro”, informou a agência EFE. A reta final da campanha foi marcada por denúncias de corrupção, vetos presidenciais e tensões econômicas, enquanto as pesquisas indicam uma disputa apertada com leve vantagem para o peronismo.