Em entrevista concedida nesta segunda-feira, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) abordou a possibilidade de lançar sua candidatura à Presidência da República em 2026. Apesar de afirmar que sua prioridade não é a disputa, ele se considera preparado para assumir o legado do pai, caso seja necessário. A declaração surge em meio à inelegibilidade de Jair Bolsonaro, que o impede de concorrer ao cargo até 2030.
O parlamentar ressaltou que enfrenta resistências dentro do próprio partido, o PL, que, segundo ele, estaria dificultando a ascensão de membros da família Bolsonaro. “Pelo respaldo popular que eu tenho, eu acredito que eu seja capaz. A minha ideia não é ser candidato no ano que vem, eu só o farei em caso de necessidade”, afirmou Eduardo, evidenciando a complexidade do cenário político.
Adicionalmente, Eduardo Bolsonaro comentou sobre a especulação em torno de uma possível candidatura de Michelle Bolsonaro. Apesar de reconhecer o protagonismo da ex-primeira-dama no cenário político atual, impulsionado pela prisão domiciliar de Jair, ele demonstra ceticismo quanto à sua participação nas próximas eleições. A falta de experiência em cargos eletivos seria um dos entraves.
O deputado sugere que o PL estaria inclinando-se a apoiar nomes como o de Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo. “O PL, ao que parece, quer direcionar uma candidatura para o Tarcísio ou para alguma outra pessoa que não sejam os filhos do Bolsonaro”, disse Eduardo. Para ele, essa estratégia representa um desrespeito à base eleitoral bolsonarista.
Em suma, a entrevista de Eduardo Bolsonaro revela um cenário de incertezas e disputas internas no PL, enquanto a possibilidade de uma candidatura própria em 2026 permanece em aberto, condicionada a diversos fatores e negociações políticas.
